quarta-feira, 12 de setembro de 2018

INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA LATINA

Centralização e Fragmentação nas independências da América Latina

            Os territórios americanos foram colonizados a partir de meados do século XV até o século XIX, no entanto, existiram modelos diferentes de domínio. A América Espanhola ocupava um território longo, do atual México até a Patagônia, estes territórios estavam fragmentados em áreas administrativas denominadas vices-reinos e/ou capitanias gerais que ser reportavam diretamente a coroa espanhola.
Já o Brasil, América Portuguesa, desde a segunda metade do século XVI tinha um Governo Geral, que centralizava a administração local, as províncias de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, dentre outras, respondiam ao Governador Geral e este se reportava a coroa portuguesa.
            Territorial e administrativamente diferentes, as Américas portuguesa e espanhola terão processos distintos de independência.
O Brasil terá, em 7 de setembro de 1822, sua liberdade proclamada por Dom Pedro I, que era o príncipe regente português, e este terá o trabalho de controlar algumas rebeliões de províncias que queriam permanecer vinculadas a Portugal como: Bahia, Maranhão e Pará.
Já América Espanhola vai ter o processo conduzido pelos, criollos, filhos de espanhóis nascidos na América, gente que tinha riquezas, mas não o poder político, porque este o rei espanhol só concedia a espanhóis puros, os chamados chapetones. Os grupos populares, formados por índios, mestiços e negros, apoiaram os criollos na luta pela independência acreditando que isso os libertaria dos trabalhos compulsórios, mal remunerados e exploratórios na agricultura ou nas minas de prata do que eram exploradas no continente.
Neste contexto duas figuras icônicas despontam, José de San Martin e Simon Bolívar, os libertadores da América, o primeiro lutou na Argentina, Peru e Chile, o segundo na Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Panamá e Peru. O que diferenciava Martin de Bolívar eram os projetos que ambos tinham para a América, San Martin defendia a idEia de um governo centralizado e forte, uma monarquia com reis europeus para legitimar os novos países, Simon Bolívar queria formar a República da Grande Colômbia unindo os territórios americanos de maneira federativa.
O que não ocorreu dentre outros, pelos seguintes motivos:
      Climas remotos: a vastidão da colonização espanhola, que se estendia desde a atual Flórida estadunidense até o Chile, diferenças climáticas estabelecidas por uma geografia continental.
      Situações diversas: a lealdade de algumas regiões à monarquia espanhola e aos diferentes processos de independência já iniciados antes de 1815, como o do Paraguai e o do México.
      Interesses opostos: as elites coloniais espanholas eram diversas e que algumas delas dependiam do comércio metropolitano, outras se voltavam para a exportação de produtos agrícolas como cacau, café, couro e cana. Havia desejos opostos entre federalismo e centralização do poder.

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